sábado, 27 de dezembro de 2008

DE SAPO BARBUDO A PRÍNCIPE

Subversivo, agitador e comunista que comia criancinha, estes eram os adjetivos que externavam desprezo de parte da sociedade elitizada com o líder sindical que chegou à Presidência da República. Aquela fundada em segmentos organizados, com influência nos meios de comunicação e nos destinos deste país.
Subversivo, pois discordava dos métodos e imposições que prevaleceram ao longo da história, agitador, pois ele entendia que através da mobilização dos seus companheiros, era o caminho para o equilíbrio nas negociações entre patrões e empregados, e comunista, por motivo deste ser integrante do movimento em prol de uma reforma agrária, como perspectiva de justiça social. Com alcunha de sapo barbudo o retirante nordestino, depois operário no ABC paulista começa a adquirir antipatia dos coronéis e a confiança de seus companheiros, os primeiros entendiam que se tratava de ameaça às dinastias que insistiam em continuar ditando os destinos políticos do nosso país, já seus companheiros viam nele perspectivas de dias melhores. Entre derrotas e vitórias, com sua persistência e de seus seguidores chega ao topo da política nacional, o outrora sapo barbudo, hoje líder maior que consegue atrair, suposto “aliado”, em busca de sua imagem como subsídio para uma vitória eleitoral. O discriminado de ontem se transformou em príncipe encantado, sonho de Cinderela.
Isso ocorreu na disputa eleitoral em primeiro turnos pela Prefeitura de Salvador e em alguns municípios do interior baiano, onde aliados e adversários buscam relacionar sua imagem com a trajetória política do presidente da República adotando postura condizente com os métodos adotados por este na condução do seu governo. Torna-se evidente que não existe oposição a um governo que reconstrói a nação com sentimento igualitário. Vale ressaltar que a história ainda está em curso, porém está gravada na memória dos brasileiros, quem são os verdadeiros aliados, e os aproveitadores de ocasião.

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